Biografia não autorizada de Walter Sullivan - CAPÍTULOS XX, XXI E XXII

Capítulo XX: O último herdeiro
Depois que matara Sharon Blake, Sullivan percebera algo curioso: o orfanato Wish House e o culto a Valtiel dentro dele continuavam existindo, mesmo depois de dois de seus mais importantes sacerdotes terem sido assassinados. Achando isso muito estranho, resolveu investigar.

"Ser um híbrido de fantasma e homem é fantástico!", pensava um Walter que não cansava de se admirar com suas habilidades. Não podia atravessar paredes como os espíritos de suas vítimas, porém não estava preso às limitações da vida humana. Assim, vigiar o orfanato era algo extremamente mais simples.

Não demorou muito para descobrir que o novo sacerdote era um homem chamada Toby Archbolt. Era um homem de estatura média, encorpado, negro e com cerca de 40 ou 50 anos. Era um homem de caráter duvidoso, que se aproveitou de um momento de fraqueza no culto de Valtiel para se tornar o sacerdote supremo. Do lado de fora do orfanato, próximo a uma janela, Walter ouviu uma conversa de Toby ao telefone.

-HAHAHA, mas é sério isso Will? Como? 500 gramas? Num brinca! Claro que tô dentro, mas que pergunta! HAHAHA! Me tornar o padre dessa joça pra servir de fachada pro nosso negócio foi a melhor idéa que já tive!

Walter ficou furioso. Então era assim que esse canalha pensava?Ah, mas teria o que merecia, claro que teria...

-Espere um minuto Will... acho que ouvi algo lá fora.

Toby olhou, mas não viu nada. Walter Já havia ido.

-Deve ter sido apenas o vento... Bem, de volta aos negócios, hahahaha!

Agora que estava pensando melhor, Sullivan já ouvira falar de Toby antes... Peter Walls, o viciado em maconha, tinha o falso sacerdote como principal fornecedor. Muito provavelmente o "negócio" de Archbolt era o tráfico de drogas. Mas isso não importava. Seu destino já estava selado.
No dia seguinte, de manhã cedo, Toby estava embarcando em um avião rumo ao México. Isso poderia ser um problema para Walter, nunca testara seus poderes em uma vítima tão distante. Mas isso não podia esperar, Toby deveria morrer logo.

***

-Arriba! Nada como uma viagem ao México! As mulheres mexicanas são simplesmente sensacionais! Quem disse que não posso me divertir em uma viagem de negócios? Hehe.

Seu avião pousou na Cidade do México. Já era noite. Combinara de buscar a droga com um traficante mexicano perto das ruínas de uma antiga cidade no dia seguinte. Aproveitou a noite para se divertir nas boates da cidade.

No dia seguinte acordou cedo. Tomou seu café da manhã e fumou um baseado para relaxar. Chamou um táxi e foi para o lugar combinado. Era ruínas de uma antiga cidade asteca, no meio de uma floresta à beira do abismo. Toby desceu do táxi e começou a "desbravar" a selva fechada. Porém, quanto mais andava, mais achava que estava perdido.

-Caramba, eu devia ter contratado um guia... depois eu me livrava dele...

Após mais ou menos uma hora de caminhada, chegou a um imenso paredão de rocha. Olhou para cima e viu uma pirâmide asteca. Logo de cara, um buraco com símbolos estranho à sua volta.

-Finalmente achei a entrada! É a última vez que venho ao México buscar drogas...

Porém, ele não havia visto que a "entrada" na realidade eram as escadas na encosta.

Começou a caminhar pelo buraco. E andou, andou e andou. Quando estava pronto para dar meia voltar e desistir, viu uma luz. Atravessou o buraco e encontrou-se próximo a um penhasco.

-Olá?! Alguém?

Não se sabe de onde, Walter aparece.

-Ei, é você que está com a mercadoria? Me entrega logo então, me avião parte essa noite... Espera um pouco. Eu te conheço de algum lugar, não conheço?

Walter se aproximava passo a passo. Toby recuava, até chegar a beira do abismo.
-O que foi, hã? Te devo dinheiro? Te vendi alguma coisa batizada? Isso já não é problema meu, ok? Agora me dá licensa...

Walter empurra, então Toby penhasco abaixo. O lugar era alto, nem se ouviu o corpo espatifando contra o chão. Porém, a missão estava cumprida.

***

O corpo só viria a ser encontrado quase duas semanas depois, por acaso. Nesse meio tempo, um homem havia se mudado para o quarto 302. Era um jornalista famoso, chamado Joseph Schreiber.

Capítulo XXI - J

"Putz, cada fim de mundo que venho parar..."

Um homem acaba de descer do metrô de Ashfield. Era alto, de meia idade, um pouco acima do peso. Vestia-se com simplicidade, mas sem perder um tom de elegância. Carregava consigo apenas uma mala grande e outra mala de mão. Esse homem era ninguém menos do que Joseph Schreiber, jornalista investigativo famoso e respeitado por sua competência e insaciabilidade para descobrir a verdade por trás de tudo. Já desvendara mistérios bizarros e desmascarara organizações e pessoas falsas, sendo odiado por muitos. Era conhecido no meio jornalístico apenas como "J".

Uma denúncia de um tal Sr. Smith o trouxera a Ashfild. De acordo com esse homem, algo de muito estranho se passava no orfanto Wish House. Quase todas as noites, era possível ouvir sons estranhos, parecendo rezas e orações, seguidos de gritos de crianças. Aparentemente os responsáveis negavam o fato e recusavam-se a dar mais detalhes. Recentemente, uma senhora que parecia ter alguma ligação com o orfanato e com a organização que o mantinha (a Silent Hill Smile Support Society, ou 4S) aparecera morta em um lago próximo ao local. Era o caso perfeito para Joseph.

Mas, antes de tudo, precisava de um lugar para se estabelecer. Logo que saiu da estação, viu um conjunto de apartamentos, de certa maneira até simpáticos. Resolveu passar por lá e ver se havia vagas.

-Ham... Com licença... Eu gostaria de saber se há vagas...

Um senhor de idade se virou. Frank Sunderland. Com um sorriso gentil, deu as boas-vindas ao jornalista.

-Bem-vindo, caro amigo, ao South Ashfield Heights. Infelizmente acho que não temos nenhum apartamento livre. A não ser...

Se virou e deu uma olhada no armário de chaves.

-Bem, temos o 302. Mas duvido que vá querer esse, coisas muito estranhas tem acontecido por lá ultimamente...

-Pois, meu senhor. Eu fico com esse mesmo. Já vi de tudo nessa vida, duvido que há algo que eu possa chamar de estranho.

"Esta é a última decisão que tomará."

Capítulo XXII - Investigando o Culto

Joseph se estabelecera no quarto 302 de South Ashfield. O que era uma "mão na roda" para ele. Afinal, ficava ao lado da linha de metrô, facilitando sua ida a Silent Hill para investigar o orfanato.

Começou a trabalhar no dia seguinte à mudança. Primeiramente faria uma visita ao orfanato, sob uma identidade falsa. Era segunda-feira, o dia estava nublado e com a ventania característica do outono. Não sabia porque, mas achava que essa não seria uma reportagem-investigação como as outras. Pressentia que estava prestes a descobrir coisas bastante interessantes...

Chegou ao local. O orfanato era uma velha mansão, que parecia estar extremamente abandonada. Joseph bateu na porta. Uma pequena cancela se abre e Ouve-se uma voz masculina por trás desta.

-O que quer?

-Meu nome é Eduard Will, sou repórter da revista "Child", gostaria de fazer uma reportagem sobre esse ofanat...

-Por que diabos aqui?? É alguma sacanagem? Já estamos passando por problemas suficiente aqui, suma!

-É que ouvi falar bem desse lugar, da HOSPITALIDADE com que as crianças são recebidas e tratadas...

TEC!

A cancela se fecha.

"Droga, acho que não vai ser tão fácil..."

-O chefe disse pra você voltar na quarta de manhã que ele te mostrará todo o orfanato e responderá suas perguntas.

***

Schreiber voltou ao local no dia seguinte no horário marcado. Que diferença! O local esta totalmente limpo, as crianças brincavam do lado de fora com uma alegria nunca vista. Mal terminou de entrar e já foi cumprimentado.

-Olá, você deve ser o Sr. Will, suponho? Desculpe-nos pelo outro dia, estamos enfrentado um monte de problemas, o senhor deve entender... Ah, meu nome é Karl Vice, sou direto interino do orfanato.

-Interino? Ah, e por favor, me chame de Eduard.

-Ok. Sim Eduard, interino. Nosso diretor, Toby Archbolt, fez uma viagem de negócios para o México e ainda não retornou...

-Compreendo. Bem, se não se importa, gostaria de conhecer o local e fazer algumas perguntas.

-Claro. Por favor, siga-me.
Karl mostrou todas as instalações do local. Quartos, cozinhas, banheiros, tudo estranhamente impecável. O quintal onde as crianças brincavam, cheio de brinquedos e outras coisas.

-Se não se importa, Sr. Karl, vou começar com as perguntas. Ontem, quando vim, o local parecia morto e não havia sinal de crianças. Já hoje...

-Às segundas as crianças ficam reclusas em seus quartos para que estudem e cumpram seus deveres religiosos.

-Então aqui vocês também se dedicam a ensino religioso?

-Nos dedicamos à formação mental e moral das crianças. A religião é parte fundamental disso.

-Que tipo de religião?

-Creio que isso seja irrelevante.

-Certo... E qual é a ligação desse orfanato com a 4S?

-A 4S é a organização responsável por manter esse lugar. Devemos tudo isso a eles.

-E como vocês retribuem a essa ajuda?

-A 4S é uma entidade filantrópica, não tem fins lucrativos.

-Dois padres foram assassinados aparentemente por um antigo órfão daqui...

-O caso Walter Sullivan já foi dado como encerrado pela polícia e o assassino já está morto. Não sabemos de mais nada.

-Quanto a Sharon Blake, que foi encontrada morta aqui perto?

-Ficamos tristes com a morte dela, afinal sua família sempre nos ajudou através da 4S. Tem certeza de que essa entrevista é para uma revista de família?

-E quanto aos boatos de que existe um culto secreto aqui?

-Calúnias. Creio que nossa entrevista tenha terminado.

-Uma última pergunta. O que seria aquele cilindro de concreto?

-Um depósito. Se já terminou, por favor já. Está na hora do almoço das crianças.

-Ok, obrigado.

O jornalista dá as costas e vai embora. O diretor interino volta ara o interior do orfanato.

-E aí, chefe, como foi?

-Ele sabe demais Andrew, sabe demais. Recolha as crianças. Vamos para "A Torre".
Joseph sabia que estavam mentido. E mentindo muito. Passou alguns dias pesquisando na biblioteca a história de Silent Hill, até descobrir que a 4S não passa de uma remanescência da antiga religião da cidade, que cultuava uma entidade conhecida como Valtiel. E, por coincidência, o local onde os cultos eram realizados é onde hoje encontra-se o orfanato. Ao ler como eram feitos os rituais, tudo passou a fazer sentido: as crianças, o orfanato, a 4S...

Com todas essas informações em mãos, Joseph fez seu artigo. Porém, nenhuma grande revista ou jornal aceitou publicar seu artigo. Apenas uma revista de fofocas, a "Concord", aceitou fazê-lo, na esperança de que o nome do jornalista aumentasse a vendas da revista. Coisa que, para espanto do jornalista, aconteceu. A reportagem sobre o orfanato tornou-se um escândalo, fazendo tanto o orfanato quanto a 4S perderem influencia e caírem em desgraça.

Porém, uma coisa ainda tirava o sono de Joseph. Karl disse que Sullivan já morrera e que o caso havia sido encerrado. Porém, mesmo 7 anos depois, assassinatos voltaram a ocorrer ao mesmo estilo de Walter, com a diferença que as vítimas não tinham os corações arrancados. A polícia afirmava que era um copiador. Para Schreiber, a polícia prendera a pessoa errada 7 anos atrás.
Tenha bons sonhos, se puder...

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