O Verme da Mongólia
O verme-da-mongólia, allghoi, orghoi ou khorkhoi (хорхой) é uma criatura venenosa de existência não provada que habitaria o deserto de Gobi, na Mongólia.
O Verme Gigante chamou a atenção de estudiosos a partir da pesquisa do Professor Roy Chapman Andrews que recolheu relatos sobre a criatura em sua expedição paleontológica em 1926. Trata-se de um mito bastante difundido entre as tribos nômades que habitam essa região, uma das mais inclementes do mundo.
O animal é descrito como um verme de coloração avermelhada ou ferruginosa, que mede algo entre 1 e 5 metros de comprimento e se move por baixo do terreno arenoso. A criatura seria conhecida por atacar animais e até seres humanos brotando da terra de surpresa e se fixando com grandes pinças na vítima. A lenda afirma ainda que o verme possui uma característica única: ele regurgita uma mistura corrosiva, uma espécie de ácido bilear. Para alguns, o ácido pode até ser cuspido á distância tornando o verme ainda mais perigoso.
Representação do Verme da Mongólia em 3D.
Ivan Mackerle, um explorador da Checoslováquia tentou fazer com que o verme viesse à superfície usando explosivos, mas não teve sucesso. Tentou novamente em 2004 fotografar o verme de um avião, mas não achou nada.
Representação do verme expelindo ácido que supostamente a criatura teria dentro de si.
A existência do verme jamais foi documentada, contudo os povos que vivem no Gobi acreditam que ele existe e habita as regiões mais insalubres ao sul do Deserto. Ele passaria a maior parte de seu ciclo de vida enterrado no solo em estado de hibernação, despertando apenas para se alimentar. O animal tiraria seu sustento de depósitos subterrâneos de sais minerais e água, mas também seria capaz de se alimentar de animais e até de pessoas.
Os nômades tem um profundo respeito e medo desses vermes. Tocar um desses animais segundo o mito é uma atitude temerária, uma vez que ela é coberta pela substância ácida extremamente venenosa. Há lendas bastante antigas que mencionam vermes enormes surgindo no solo para derrubar cavalos para depois se alimentar deles, deixando o cavaleiro no meio do deserto. Para alguns, o movimento dos vermes poderia ser sentido no solo e seria capaz de provocar deslizamentos e abrir fissuras. Terremotos também estão associados a eles.
Uma das hipóteses, muito contestada, para a existência do Verme é que ele seria um descendente de enguias elétricas que teriam habitado o deserto de Gobi na pré-história, quando ali existia um mar interno que se estendia até os Urais. Outras possibilidades aviltadas envolvem relacionar o Verme com uma espécie de serpente cuspidora ou lagarto sem patas.
Várias expedições procuraram a comprovação da existência desse estranho animal, a mais recente ocorreu em 2009 e foi patrocinada por um canal de TV da Nova Zelândia. Embora narrativas detalhadas sobre o verme tenham sido obtidas, provas factuais no entanto não foram encontradas.
Tenha bons sonhos, se puder...
é a solitária de Deus
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