S.T.A.R.S Home - 3º Dia

3º Dia

Todos os S.T.A.R.S. acordavam agora. Jill foi a primeira a se levantar, indo até a sala para ver se alguém já estava acordado.
- Bom dia, Jill! - a voz de Blue King surgiu.
A jovem soltou um grito de susto, em seguida suspirando.
- Ahn, bom dia.
- Os outros ainda estão dormindo, se é a eles que você procura.
- É, sim.
Nesse momento, Chris desceu as escadas, sorrindo para Jill.
- Bom dia!
- Bom dia, Chris! - a jovem sorriu de volta.
- Você me parece tranqüila hoje.
- É, estou tentando. - a expressão da jovem ficou séria. - Eu tenho que me acostumar com a idéia de que só sairei daqui se ficar tranqüila, que nervosismo não levará a nada.
- Você está certa. Tudo vai dar certo. - ele abraçou a jovem, beijando-a na testa.
Jill sorriu, tocando-o no rosto.
- A minha irmã... ainda está dormindo?
- Está sim. Pelo menos estava, quando eu saí do quarto.
Chris suspirou, ainda abraçando fortemente a jovem.
- Você está gelada.
- Eu estou é precisando de um banho...
- Eu também... - Chris sorriu.
Mais três desceram as escadas, ainda sonolentos: Wesker, Ada e Rebecca.
- Bom dia a todos! - disse Ada.
- Bom dia. Aliás, que horas são? - disse Jill.
- São 6:44 da manhã. - a voz de Blue King respondeu.
- Obrigado! - disse Jill, sorrindo pelo canto da boca.
Alfred e Brad desceram as escadas.
- Gente, gente! Tive um pesadelo horrível! Sonhei que o tal de Blue King era um monstro horrível e que matava a todos nós! - gritou Brad, desesperado.
- Calma, Brad, já foi!
- Medroso... - disse Wesker, rindo.
- Não sou medroso, apenas estou um pouco ansioso e assustado.
- Sei...
- Bom, falta só a minha...
- GENTE! - Claire gritou do alto da escada, interrompendo Chris. - As chaves foram roubadas!

* * *
Todos se entreolharam, desesperados. Entre indagações e olhares confusos, Chris ergueu a voz e acusou:
- Foi o Wesker! Tudo leva a crer que foi ele! Ele tentou esconder a chave ontem, e ficou nervoso quando o Blue King tomou a chave dele e entregou para a Claire! Trapaceiro!
- Eu não fiz nada, seu idiota!
- Devolve agora!
Jill, Brad, Claire e Rebecca separavam os dois, que quase entraram se socaram.
- E agora? O Blue King não vai fazer justiça, não? Apareça, voz metida à besta.
- Chris, calma! - disse Jill, segurando-o.
- Não fico calmo, não, por culpa de uns a gente pode se ferrar. Aparece, idiota! - gritava, olhando para o teto.
- Não há nada que posso fazer, Sr. Redfield. Mas exijo que o senhor melhore os modos ao dirigir-se a mim. Não fui eu quem roubou a chave, creio que terão que encontrar o verdadeiro culpado sozinhos.
- Então você sabe quem foi, né? Alguém aqui trabalha para você?
Silêncio.
- FALA!
- Sinto muito, Sr. Redfield. Mas isso é tudo.

* * *

O café da manhã foi conturbado, eles mal comeram por causa da história da chave. Claire mal tocou a comida, tampouco os outros. Chris nem estava presente à mesa, nem Jill. Ela estava acalmando-o na sala. Os outros, após comerem, iam saindo, indo para onde tivessem vontade.
- A verdade vai aparecer, Chris. Você vai ver!
- A verdade já apareceu, Jill! Foi aquele cara! Ele quer sair daqui sozinho. Eu duvido que ele não esteja envolvido nisso.
- Não sei, Chris. Ele também não me inspira confiança. Pelas muitas vezes em que entramos em conflitos com ele.
- Ele deve estar armando algo para acabar com cada um de nós. E roubou as chaves para sair daqui livre e sozinho.
- Calma. A gente vai descobrir. - Jill abraçou Chris, sentindo que ele estava tremendo de raiva. - Fique calmo!
- Eu não sei o que seria de mim aqui sem você e a Claire. Obrigada! - Chris sorriu.
- Também não sei se agüentaria sobreviver sem você por perto... - a jovem sorriu de volta, e ele a beijou levemente nos lábios.

* * *


- Será que essa porta? Tem que ser! Droga! Hum, vou tentar aquela!... Droga! Droga! Não abre nenhuma porta! DROGA!

* * *
Jill, Chris, Claire e Rebecca continuavam sentados, sem saber o que fazer, o que dizer.
- A culpa foi minha, eu devia ter cuidado melhor das chaves. - disse Claire, deslizando a mão pelos cabelos.
- Não, Claire. Você até que tentou, não adianta se culpar por causa dos outros. Algum egoísta está querendo trapacear.
- Algum "Wesker" quer trapacear, admitam! - disse Chris, nervoso.
- Exatamente. Também acho que foi ele! Ai, desgraçado! - Claire apertou os punhos.
- Eu não sei de nada. Mas também não tenho muitas dúvidas sobre ter sido ele. Tudo leva a crer. - disse Jill, encarando Chris com uma expressão preocupada.

* * *


- Estou cansado de ficar aqui! - disse Alfred, nervoso.
- Eu também, cara. Estou morrendo de medo. - disse Brad, com as mãos trêmulas.
- Eu não estou com medo, apenas quero ir para casa! Eu tenho certeza que logo irei embora, que esse pesadelo vai acabar muito mais rápido do que eu imagino.
- Ah é? Por que você tem tanta certeza assim?

* * *


- Ada? O que faz aqui, sozinha? - perguntou Wesker.
- Eu? Ah, nada. Só respirando um pouco. - disse Ada.
- Sei... Cara, eu quero ir embora.
- Eu também, Wesker.
- Não vejo a hora de sair daqui. Estão todos me acusando de ter roubado as chaves.
- E foi você?
- Atenção, participantes. Dirijam-se TODOS à sala de música; está indicada no mapa pela cor azul clara, segunda folha. - a voz de Blue King surgiu.
- Vamos lá. - disse Wesker.
Ada sorriu ironicamente e acompanhou-o.

* * *

Os oito participantes estavam na sala de música, esperando pela ordem de Blue King.
- Imagino o quanto vocês querem ir para casa, que tudo isso termine logo e que saiam com vida. Então, eu trouxe algumas coisinhas do mundo lá de fora para vocês. Abram o piano. - disse Blue King.
Chris e Brad abriram, e lá dentro estavam alguns jornais. Nas capas, as fotos deles.
- "S.T.A.R.S. desaparecidos há três dias"? Que brincadeira é essa? - disse Jill, com um dos jornais nas mãos.
- Meu Deus! - Jill disse, com a mão na boca, olhando perplexa para a folha de jornal. - Acham que estamos foragidos.
Claire começou a chorar, encostada no ombro de Chris.
- Calma, Claire, vai dar tudo certo. - o rapaz consolava a jovem.
- Vamos todos morrer aqui.
- Parece que estão procurando por vocês... - disse Alfred, rindo sarcasticamente.
Chris enfureceu-se, levantando de onde estava sentado e agarrando Alfred pelo colarinho, encostando-o na parede.
- Idiota! Podem estar procurando por todos nós, mas pelo menos saberemos nos virar e sairemos vivos para explicar para a merda da cidade inteira o que aconteceu com a gente. Agora, você, como é covarde, vai ser o primeiro a morrer aqui, pelo que vejo, e ainda tem coragem de rir dos outros. Vá se olhar no espelho, seu inútil.
- Calma, gente! Temos todos que ter calma! - disse Ada, tocando Chris delicadamente no ombro.
- Não me peça para ter calma! - ele virou-se, encarando-a como se pudesse fuzilá-la com os olhos, em seguida soltando Alfred.
- Que cara estressado! - Alfred sussurrou, irritado e ainda trêmulo.

* * *

Todos voltaram para a sala, Claire ainda chorava por causa das manchetes nos jornais.
- Ótimo! Bom ver que estão todos reunidos. - a voz de Blue King ecoou, assustando-os.
Ninguém respondeu nada.
- Vou dizer-lhes agora para que vocês usarão as chaves.
- De que adianta? Elas foram roubadas. E tenho certeza de que o culpado não vai querer se entregar. - disse Claire, limpando as lágrimas.
- Uma hora ou outra o culpado aparecerá, nem que seja morto. Uma das chaves abrirá o lugar onde terão que ir. Uma passagem para o lado de fora da casa, um jardim. Já a outra chave é uma chave falsa, ela abrirá um lugar muito perigoso, que colocará a vida de todos vocês em perigo.
- Mas nem temos chave nenhuma, Blue King... - disse Jill.
- Mas terão, tenho certeza disso. Um de vocês está com as chaves, e mais cedo ou mais tarde, entregará.
- Duvido! Esse Wesker é um tremendo trapaceiro... - disse Chris, com ódio.
- Que inferno! Já disse que não fui eu, seu imbecil! - Wesker gritou, e Chris quase avançou para cima dele de novo, se não fossem Jill, Claire e Rebecca para segurá-lo.
- Creio que seja só isso. Boa sorte! - disse Blue King.
Os participantes foram saindo um a um, sem dizer uma palavra. Precisavam, apenas, pensar, e muito.

* * *

Horas depois...
- Consegui! Abri a porta! Preciso ir embora daqui! - disse, abrindo a porta, e entrando num lugar escuro e úmido. - Credo! Que lugar horrível! - e continuou andando, até ouvir passos. - Alô, alguém aí?
Ninguém respondeu, mas em seguida, um grito agudo e ensurdecedor assustou-o, e algo imenso e pesado pulou em cima de seu corpo.
- AHHHHH!!! - gritou, aterrorizantemente.

* * *


- Vocês escutaram? - disse Wesker. - Eu escutei... um grito...
- Eu... também... - disse Alfred. - Ai, Deus! Vamos morrer!
- Calma, gente! Vai ver é mais uma armação do Blue King. - disse Ada.
- Não sei, temos que ir chamar os outros e procurar de onde veio esse grito. - disse Wesker, levantando-se de onde estava sentado.

* * *

- Gente! - Alfred chegou gritando no quarto onde estavam Claire e Rebecca. - Nós escutamos um grito, acho que alguém está ferido.
- Um grito? Ai, meu Deus! - disse Claire. - Será que foi do meu irmão?
- Não sei, temos que procurar saber o que aconteceu.
Todos saíram correndo do quarto, e começaram a vasculhar todos os cômodos da casa.

* * *


- Chris! Chris! - Claire gritou, correndo na direção do irmão. - Ainda bem que você está vivo!
- Eu escutei um grito e fui averiguar o que aconteceu. - Chris olhou ao redor. - Ei, cadê a Jill? - disse ele.
- Não sabemos... - disse Ada. - Vai ver foi ela quem gritou.
- Não pode ser! Não! - disse Chris. - Vamos procurar por todos os cantos, até no inferno.

* * *

- Vejam! Uma das chaves está aqui, nessa porta. - disse Claire, girando a maçaneta. - E está aberta.
- Vamos entrar. Muito cuidado, gente! - disse Chris, entrando na frente da irmã.
- Alô! - gritou Alfred, trêmulo. - Tem alguém aqui?
Sentiram que alguém respirava dificilmente por perto. E correram na direção do som, encontrando o ofegante engasgando em seu próprio sangue.
- Brad? Deus do céu! O que aconteceu com você? - perguntou Rebecca, indo na direção dele.
- Uma... criatura... me... atacou... - ele mal conseguia falar.
Rebecca agachou-se e levantou sua cabeça com todo o cuidado.
- Meu Deus! O que fizeram com você? - perguntou Chris, sentindo suas pernas tremerem e sua espinha congelar.
Rebecca colocou o dedo indicador e o médio no pescoço de Brad, que era de onde jorrava o sangue.
- Você vai ficar bem! Vamos cuidar de você!
- Não! Temos... que... sair... daqui... - disse Brad. - Antes... que... aquele... monstro... volte...
Passos dentro da sala. Brad ficou aterrorizado, assim como os outros.
- É... ele...
Uma criatura, com garras enormes, pele esverdeada, em forma de escamas, e grandes olhos amarelos surgiu, caminhando lentamente na direção do grupo, em seguida soltando um grito, como se estivesse declarando guerra.
- É um dos 121! - disse Wesker.
- E estamos sem saída. - disse Alfred, congelado de medo.
A criatura começou a correr, em seguida preparando-se para pular em cima de Chris.
- Não!!!! - gritou ele, colocando o braço sobre o rosto.
Um tiro ecoou dentro do local, e a criatura caiu no chão, levantando-se em seguida e virando-se na direção de seu agressor. Era Jill, segurando a mesma espingarda usada para encontrar uma das chaves.
A criatura soltou um segundo grito e partiu na direção da jovem, que atirou bem em sua cabeça, jogando-o ao chão. O sangue da criatura jorrou para todos os lados, inclusive na roupa de Jill, que colocou a espingarda nas costas e correu na direção do grupo.
- Vocês estão bem?
Todos acenaram. Rebecca ainda segurava a cabeça de Brad.
- Tudo culpa minha. Eu não devia ter roubado a chave.
- Então... Foi você... - disse Jill.
- Sim... Me... perdoem. Aqui está a... outra chave... Obrigado por... estarem cuidando de mim... nos meus... últimos momentos de vida... - uma pausa. E caiu morto, com os olhos abertos.
Rebecca mordeu o lábio inferior, segurando as lágrimas, e fechou os olhos de Brad, soltando lentamente sua cabeça.
Os outros abaixaram a cabeça em silêncio e foram deixando a sala. Rebecca trancou novamente o lugar, guardando a chave cuidadosamente em seu bolso, juntamente com a outra chave.
- Vamos. Não há mais nada que possamos fazer aqui... - disse Jill, com lágrimas nos olhos.

* * *


Todos voltam para a sala, um dos lugares onde ao menos se achavam salvos.
-O que você tem a dizer sobre isso? Hein? Responda! - gritava Rebecca olhando para cima, desesperada. - Você matou uma pessoa! Você matou o Brad! Que tipo de teste é esse em que você mata pessoas? - Rebecca não conseguia se controlar.
-Eu não tenho nada a dizer. Apenas que aprendam com os erros.
-Você matou o Brad e só diz para aprendermos com os erros? Quem você pensa que é? - gritou Wesker.
-Escutem bem o que vou dizer. Vocês estão sendo testados. E apenas um ganhará. Os que não conseguirem sobreviver terão o mesmo fim de Brad.
Um silêncio toma conta do lugar. Ninguém poderia sequer acreditar no que ele havia dito.
- Espera um pouco. Você está dizendo que todos nós vamos morrer, e que apenas um sairá vivo daqui?
- Meus parabéns, Chris. Entendeu finalmente o que quis dizer. E tenham um bom dia. - disse Blue King.
- O QUÊ??? - todos gritam e espantam-se com a frieza de Blue King.
Pouco a pouco aquele lugar ainda poderá deixá-los insanos.

Tenha bons sonhos, se puder...

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